sábado, 17 de março de 2012

Entrevista á Galeria Aberta



Quem é ?
Sou Maria Manuel Pires, uma mulher simples sensível a tudo o que me rodeia.

Faça-nos um resumo de como se iniciou como artista plástico.
Os materiais de desenho e pintura foram os meus brinquedos preferidos, ao longo da vida o meu olhar foi-se concentrando nas telas, nos estudos sobre os Grandes Mestres, e a vontade de pintar foi-se tornando o objectivo principal. Iniciei-me a pintar o que mais me fascinava, mais tarde as emoções e com o decorrer da vida despoletou uma essência interior que me obrigou a alterar a minha forma de ver o mundo e os diferentes aspectos da arte, recorrendo à minha imaginação empírica e às diferentes técnicas para conseguir os objectivos.

O que é a arte para si?
Arte é a capacidade estética, e a aplicação de conhecimentos que se vai adquirindo na realização de uma concepção.

O que a leva a criar?
A constante paixão pela pintura como forma de acção-transmissão.

O que a inspira?
As emoções, natureza, necessidade de ausência, espiritualidade positivismo e comportamento da humanidade.

Como se sente ao criar?
Vivo dentro da tela, o exterior não existe.

O que espera quando um público vê as suas obras, o que sente?
Espero que o público sinta a emoção que pretendi transmitir.
Qual a obra que mais o marcou e porquê?
As que bastante me emocionaram há já uns anos atrás foram “O Cheiro das Amarras” e “ O Bailado”.
“O Cheiro das Amarras” Título que lhe passei a dar quando na respectiva Galeria Municipal de Alcácer do Sal, entrou pela minha mão um pobre pescador que há uns dias rodava a galeria mas tinha vergonha de entrar pelo seu aspecto grotesco, apenas se queria sentar a olhar para a obra, chorando, disse-me: “Sinto o Cheiro das Amarras”!
”O Bailado” apreciado pelo Maestro Vitorino de Almeida, que me honrou com a sua visita depois de ver toda a exposição, sentou-se com sua bengala durante um tempo em frente á obra, beijou-me a mão com carinho e disse:” Ficaria aqui tranquilamente a ver este Bailado e ouvindo a Música do Mar”, nunca pares de pintar!
Muitos comentários emocionantes e críticas também, felizmente têm contribuído para que eu exija cada vez mais de mim.
Os meus pontos mais altos são as homenagens anónimas que registo com muito carinho como medalhas, das pessoas mais simples como atrás mencionei.
- C.M. de Setúbal no Auditório da N.Sra. da Anunciada Expos. Colectiva, onde tive o prémio da melhor obra.
- Câmara Municipal de Alcochete, numa Exposição Individual recebida pelo Presidente da Câmara que muito me honrou com a cerimónia que me foi dirigida.
-A última exposição individual que efectuei na Câmara Municipal de Almada comemorando 20 anos de pintura.
- Exposição Colectiva em Montemor–o-Velho organizada pela Galeria Aberta, onde me foi atribuído o primeiro prémio” Medalha de Ouro”.
(Sendo esta Exposição em Montemor-o-Velho a 3ª exposição onde foram atribuídos prémios oficiais).

Quais os planos futuros?
Continuar a trabalhar, tirar elações deste prémio e de todas as críticas, e evoluir o máximo das minhas capacidades.

Que conselhos dá a quem está a começar?
Penso que todos nós temos uma vertente artística, há que a descobrir e quem já descobriu nunca pare nem desanime. A Arte é a realização da nossa liberdade.

Tem página ou blog oficial?
Agradeço o carinho e apoio aos meus familiares e amigos, Associações Culturais a que pertenço, e, à Galeria Aberta toda a oportunidade que me tem dado a nível artístico e apoio a novos projectos, parabéns por esta vossa iniciativa e todo o suporte que nos tem dado.




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